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Entre corpos e versos
Podia ter me dado tudo.
Atirado as roupas como se fosse raro.
Deitado e rolado, virado de lado — arrastando os pés sobre um lençol amassado.
Subido e descido, se atirado em mim como precipício.
Podia ter me tocado, apertado, arranhado e até mastigado.
Mas ela me deu poesia.
Era macia.
Veio feito carícia, ou carência
Eu achei que queria malícia
Mas na improvável realidade
só o que me excita
é essência.
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